Você sabia que mais de 30% da população adulta ronca com frequência? E mais grave: estima-se que uma em cada cinco pessoas possa sofrer de apneia obstrutiva do sono e muitas vezes, sem saber. Por isso, o assunto merece atenção.
Se você ou alguém da sua família sofre com roncos intensos, desperta com sensação de sufocamento, ou acorda várias vezes durante a noite, talvez esteja na hora de considerar uma alternativa cada vez mais recomendada: o aparelho bucal intraoral.
Neste artigo, vamos te mostrar de forma clara e completa:
- O que é a apneia do sono
- Por que o ronco pode ser um sinal de alerta
- Como funciona o aparelho intraoral
- Quando ele é indicado
- Quais os benefícios em relação a outros tratamentos
- Como iniciar seu tratamento com segurança
Acompanhe até o final para entender como essa solução pode mudar a sua qualidade de vida e de quem dorme ao seu lado também.
O que é apneia do sono e como ela afeta o corpo?
Antes de tudo, é fundamental entender o que é apneia obstrutiva do sono (AOS). Essa condição acontece quando as vias aéreas superiores são parcial ou totalmente bloqueadas durante o sono, impedindo a passagem de ar.
Essas interrupções na respiração duram de 10 segundos a 1 minuto, e podem ocorrer de dezenas a centenas de vezes por noite.
Consequentemente, o corpo passa a sofrer com a falta de oxigênio, o que gera microdespertares, ou seja, a pessoa acorda diversas vezes sem perceber. Isso gera sono fragmentado, cansaço crônico e queda no desempenho físico e mental.
Sintomas comuns da apneia incluem:
- Ronco alto e frequente
- Pausas respiratórias observadas por terceiros
- Sonolência durante o dia, mesmo após “dormir bem”
- Dores de cabeça matinais
- Irritabilidade, dificuldade de memória e concentração
- Boca seca ao acordar
Roncar é normal? Nem sempre.
Apesar de ser comum, o ronco não é algo “natural” do envelhecimento ou do cansaço. Pelo contrário: ele costuma indicar que algo está impedindo a passagem livre de ar durante o sono.
Em muitos casos, o ronco é o primeiro sinal da apneia. Por isso, é essencial observar sua frequência, intensidade e se há pausas respiratórias associadas.
Além disso, o ronco contínuo também pode ser um fator de desgaste em relacionamentos já que impacta o sono do parceiro.
O que é o aparelho intraoral e como ele funciona?
O aparelho bucal intraoral é um dispositivo semelhante a um protetor de dentes, porém personalizado e confeccionado por um dentista especializado em odontologia do sono.
Ele age reposicionando levemente a mandíbula e a língua para frente, o que evita que as vias aéreas colapsem durante o sono. Com mais espaço na região da garganta, o ar passa livremente, reduzindo ou eliminando o ronco e as apneias.
O aparelho é feito sob medida, com base em um molde da arcada dentária do paciente. Isso garante conforto, adaptação e eficácia no tratamento.
Existem diversos modelos no mercado, e o dentista irá indicar o mais adequado ao seu caso, considerando fatores como mordida, quantidade de dentes e gravidade da apneia.
Quais são os benefícios do aparelho bucal?
O aparelho intraoral tem ganhado destaque por ser uma alternativa menos invasiva e mais prática do que outros tratamentos, como o CPAP. A seguir, veja suas principais vantagens:
Tratamento silencioso e discreto
Ao contrário do CPAP, o aparelho bucal não faz barulho e não incomoda o parceiro de quarto, o que facilita a adesão.
Portabilidade
Perfeito para quem viaja ou dorme fora de casa com frequência. Cabe no bolso e não requer eletricidade.
Melhora imediata do ronco
Muitos pacientes relatam redução significativa do ronco logo nas primeiras noites de uso.
Mais conforto e adesão
O aparelho é feito sob medida, o que evita desconfortos e facilita o uso contínuo, essencial para o sucesso do tratamento.
Prevenção de doenças graves
Ao tratar a apneia, o aparelho ajuda a prevenir problemas cardíacos, AVCs, diabetes tipo 2, hipertensão e até depressão, que estão associados ao sono maltratado.
Quem pode usar o aparelho bucal?
Embora seja eficaz, o aparelho intraoral não é indicado para todos os casos. Por isso, a avaliação de um dentista é indispensável.
O aparelho é indicado para:
- Pessoas com ronco primário (sem apneia, mas com obstrução leve)
- Pacientes com apneia do sono leve a moderada
- Quem não se adaptou ao CPAP
- Indivíduos com boa saúde bucal (sem mobilidade dentária grave ou perda de muitos dentes)
- Pacientes com boa abertura mandibular e sem disfunção severa de ATM
Contraindicações comuns:
- Apneia grave sem acompanhamento conjunto com médico do sono
- Problemas graves na articulação temporomandibular
- Presença de próteses instáveis ou número insuficiente de dentes para sustentação
- Crianças (salvo em casos muito específicos e com acompanhamento multidisciplinar)
Como é o processo para começar o tratamento?
O tratamento com aparelho bucal exige alguns passos, que devem ser conduzidos por um profissional capacitado. Veja como funciona:
- Consulta com dentista especializado em odontologia do sono
É ele quem fará uma avaliação completa da sua arcada dentária, posição mandibular e histórico de ronco/apneia. - Solicitação de polissonografia (exame do sono)
O exame pode ser feito em laboratório ou no conforto da sua casa. Ele registra dados como pausas respiratórias, ronco, oxigenação e qualidade do sono. - Confecção do aparelho sob medida
Com base em moldes e exames, o dentista envia o material para o laboratório e, em poucos dias, o aparelho está pronto para o teste. - Acompanhamento e ajustes
Após a entrega, são realizadas consultas de acompanhamento para avaliar conforto, eficácia e fazer ajustes se necessário.
Importante: O uso do aparelho exige comprometimento do paciente e uso contínuo para apresentar resultados reais e duradouros.
Aparelho bucal ou CPAP: qual o melhor?
Essa é uma dúvida comum. O CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) é altamente eficaz, especialmente em apneia grave. No entanto, ele exige o uso de uma máscara com fluxo de ar constante, o que pode causar desconforto, ruído e baixa adesão.
Por outro lado, o aparelho bucal oferece mais praticidade, silêncio e conforto, sendo ideal para casos leves a moderados ou como alternativa para quem não se adapta ao CPAP.
Em resumo: não existe um “melhor”, e sim o mais adequado ao seu perfil clínico.
Dormir bem é essencial, e o tratamento começa com informação
O ronco não é apenas um incômodo sonoro. Ele pode ser o primeiro sintoma de um problema sério que afeta a sua saúde como um todo. Felizmente, existem alternativas eficazes e acessíveis, como o aparelho bucal intraoral.
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